sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

variações mood again

Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

natureza-viva vs natureza-morta

Ontem foi assim.

um pequeno paraíso escondido entre as escarpas da serra do gerês. onde a agua não é gelada e apetece repetir a ida ao banho. chamam-lhe "a cascata do tahiti", "título" considerado ridículo para uns, uma metáfora de um cenário paradisíaco para outros.
e ao descer pela serra, em direcção a ermida e à vila do gerês,
este era o cenário

as águas do rio pintadas de vermelho, o céu escuro e a cinza que caía como chuva miudinha. 
e aquilo que dava ar de um pôr-do-sol digno da inspiração dos poetas e dos amantes, nada mais era do que  um cenário dantesco que fazia partir o coração. 
e todos os anos, como o Ricardo Araújo Pereira diz, a história se repete: o mesmo cenário, o mesmo enredo, as mesmas personagens, o mesmo fim.
são as histórias deste nosso querido mês de agosto...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Super-poder, Super-Homem, Super-Mulher

porque hoje ouvi na rádio que uns médicos ingleses querem declarar a preguiça como doença, 
porque li algures que qualquer impulso ou instinto mais descontrolado é logo considerado doença, 
porque fui ao medico pedir estimulantes cerebrais e ansióliticos, na procura de um estado ideal que sei ser irrealista 
porque percebi que continuamos todos à procura de super-poderes e super-homens e super-mulheres, 
porque ser saudavel e equilibrado é um estado optimo - irreal- conseguido por um controlo maximo de multiplas variaveis inatingíveis naturalmente... 
e no meu desequilíbrio todo penso: "deixa-me estar só mais um bocadinho assim antes de voltar ao controlo todo"
pronto. Variações, tu eras muito à frente! 

"Deix'ó pagar deix'ó pagar, se tu estás a gostar!"


 

terça-feira, 3 de agosto de 2010

fruto proibido


e porque o fruto proibido é o mais apetecido...

ando com uma vontade louca de
correr os festivais de verão, 
visitar todos os meus amigos que estão longe, 
visitar os de perto também, 
namorar sem horários,
passar noites acordada pelas mais diversas razões,
passar o dia a acordar lentamente,
dormir uma sesta deitada numa cama de rede num alpendre,
organizar jantares, festas, e passeios,
planear viagens,
dançar a toda a hora e percorrer todos os sítios onde haja musica para dançar,
sonhar acordada,
ir para a praia, para o rio, para a piscina, ou para a serra, 
experimentar receitas novas,
fazer trabalhos manuais,
criar um pequeno jardim-horta de varanda,
redecorar a casa,
entre milhares de outras coisas que me passam pela cabeça.
e que sei perfeitamente que não pode ser.

agora é hora de ACORDAR e voltar ao trabalho. 

sábado, 17 de julho de 2010

morango-guloso

não sei se é por causa do verão, das companhias, do calor, da energia, ... ou da ansiedade em acabar uma tese, mas ando com imensa vontade de me envolver em aventuras culinárias.
e antes que a época dos morangos chegasse ao fim, lá me aventurei a fazer gelado de morango. a minha tia Fernanda costumava fazer para a festa de aniversário do meu primo Vítor, e servia-nos as bolas de gelado em cones, mesmo como qualquer criança gosta! 
hum... se calhar não era na festa de aniversário do meu primo, porque ele faz anos em fevereiro, quando não há morangos nem apetece muito gelado... não sei onde fui buscar esta memória, mas ela cá está: cones de gelado de morango feito pela minha tia numa festa em casa dela. de babar!!
e como costumo ficar com "memórias gustativas",  há imenso tempo que queria experimentar fazer a receita de gelado dela. 
e não há receita mais simples!
deixei "marinar" os morangos (1kg) cortados em rodelas com o açúcar (500gr), alternando camadas de morangos com açúcar. 
ficaram de um dia para o outro, e numa hora apertada de almoço lá fui a correr comprar 4 pacotes de natas frescas Longa Vida para terminar a obra. bati as natas e quando já estavam espessas, fui misturando com carinho os morangos que bati um pouco com a varinha magica. um pouco não... porque sobraram poucos pedaços grandes. a minha tia tinha dito que bastava desfazer com um garfo, mas estes não desfaziam. então bati com a varinha. misturei carinhosamente e distribui por caixas de gelado.
e lá esperei ansiosamente pelas 24h seguintes. nessas 24h fui recebendo encomendas, fazendo negociações com os interesseiros dos meus amigos facilmente impressionáveis com descrições gulosas, ainda sem saber o resultado desta aventura. até que....
mesmo sem colher de gelado, lá meti uma colherada e....
mmmmmmmmmmmhhhhhh... era mesmo isto!!! sabor verdadeiramente a morango, mais sorvete do que gelado, suficientemente cremoso e não excessivamente doce, deixando vontade de a cada colherada querer repetir! 
um pecado escondido no congelador!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

em espiral...

ontem foi o encerramento do ano de formações da equipa espiral. o grupo de danças tradicionais, o grupo de viola e o grupo de gaita de foles juntaram-se para apresentarem "conhecimento adquirido". era o pretexto para o convívio e festança. 
toda a gente trouxe comida e bebida, e o frigorífico foi pequeno para tanto pack de cerveja! 

começaram então as apresentações dos dotes artísticos de cada grupo.
o grupo de viola abriu as hostes, muito concentrados.
depois vieram os alunos da gaita de foles que muito bem tocaram duas muñeiras e uma carvalheira (ou coisa do género)
e por fim lá foram os destrambelhados das danças acompanhados pelo grupo de gaitas da Espiral. Pronto, não correu da melhor forma no início... porque a destrambelhada da professora não ensaiou os meninos para a apresentação...
mas terminamos com o sbrando e fizemos um brilharete!!!
depois dos agradecimentos, e findos os discursos, chegou a tão esperada hora da comida e bebida!! Não faltava nada para matar a fome, a sede e a gulodice! nao podiam faltar as maravilhosas gelatinas da alexandra nem o concurso de "sorvidela de gelatina com palhinha"! e o vencedor foi o sr. miguel antónio, que deixou o copo "impecábel". já o chefe becas, nem sequer deu conta da existência das gelatinas, ali expostas mesmo no centro das atenções... vá-se lá saber porquê!
já tudo animado, uns com fitas enroladas na cabeça, outros descalços, alguns ainda de volta dos cantos da mesa (onde havia pratos de camarões estrategicamente ali colocados), lá exorcizamos a despedida com mais umas danças. Na ultima, nao escapou ninguém, e a única que não dançou fui mesmo eu, para tirar a foto :). Que por sinal... não está nada de jeito! mas no meio do desfoque, dá pra ver os sorrisinhos de boa disposição! e quase todas as meninas tiveram um menino como par para dançar!!
e pronto... de repente ficou um vazio. foi um ano muito especial. um grupo de gente maravilhosa, umas vezes cheios de energia e insurrectos, outras vezes sem vontade nenhuma e insurrectos na mesma, mas fielmente foram aparecendo para um final de noite bem passado.  

a mim resta-me agradecer. 
obrigada pela energia que me fizeram recuperar, 
obrigada pelos momentos de loucura, 
obrigada pelas confidências, 
obrigada pelo carinho. 

hoje rendo-me ao sentimentalismo...
e como a minha vida tem sido uma viagem, com diferentes paragens e partidas,
com encontros e despedidas,
é mesmo esta musica que reflecte tudo isto que vivi com vocês.
e neste vaivém,
"há gente que chega para ficar"...
e a vossa marca já cá está. 





segunda-feira, 12 de julho de 2010

pecado da gula


segundo as tradições cristãs, a gula é um dos sete pecados capitais, e está relacionado com o egoismo humano e o querer mais e mais, sem que a pessoa se contente com o que tem. seria controlado pela temperança, uma das virtudes humanas, que consiste em "moderar a atracção dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporcionar o equilíbrio no uso dos bens criados.

Pois perante uma sobremesa destas, não há quem se segure para evitar cometer pecado. se mais houvesse, mais se comia. o domínio da vontade sobre os instintos só é mesmo controlado no momento em que as fatias se esgotam e assim se acaba a tentativa de prolongar o prazer. não há equilibrio possivel.

a pavlova é uma sobremesa feita à base de merengue, e diz-se que foi criada em homenagem à bailarina Anna Pavlova  numa tour que fez nos anos 20 pela Australia e pela Nova Zelândia. onde foi criada e a origem do seu criador são motivos de discussão entre os dois países, embora fontes levem a considerar a Nova Zelândia como a origem da sobremesa. Eu não sabia disto quando salivei de forma quase automática a ver a confecção desta receita pela Nigella, já não me recordo se antes ou depois de ir à Nova Zelândia. A verdade é que não comi nenhuma pavlova na Nova Zelândia, nem me lembro de as ver por lá. Mas também se as visse, duvido que lhes desse atenção pois nunca achei piada aos suspiros e esses doces feitos com merengue.
mas da forma como salivo de cada vez que penso nesta sobremesa, para mim não podia ter outro nome se não pavlova, inspirado nas descobertas de Pavlov e nas experiências em torno da capacidade de salivar perante determinados estímulos.

E não descansei enquanto não experimentei a receita. de cada vez que a faço, tremo por dentro. não quero que nada falhe, para me poder deliciar com todo o prazer que antecipei até ao momento de pôr uma garfada na boca.
e pronto: comete-se o pecado pelo verdadeiro prazer da gula!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

em recusa


ele chegou. finalmente chegou. e já toda a gente se queixa.
que é demais, que não consegue dormir, que não consegue trabalhar, que assim tanto não.
e reclamam.
eu recuso reclamar. tantos meses à espera e finalmente chegou. que venha quente, muito quente,
que nao deixe dormir, que incomode.
eu recuso reclamar.
gosto do calor. gosto muito do calor. corpos suados, não conseguir dormir, querer estar na rua. a respiração estranha, o corpo reage.
dá energia, mesmo que a moleza se instale. faz-nos sentir vivos.
os dias são longos, as noites também. o calor incomoda. mas eu gosto assim.
que venha, que seja muito de uma vez. porque não há-de durar muito.
e por isso eu nao reclamo. quero o calor. quero o calor todo de uma vez. 
nao tenho saudades da chuva, nem do tempo fresco, nem quero que a temperatura desça.
eu nao reclamo. recuso reclamar do calor.
venha o calor, muito calor!

finalmente chegou e não tarda nada já está de partida. 

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Once upon a time...


quero envelhecer. 
viver na cidade. falar com as vizinhas à janela, tratá-las por diminutivos: leninha, mariazinha, rosinha, lininha. ter flores nas varandas e cuidá-las com carinho. ter um mini-quintal com ervas aromáticas e uma pequena horta. cuidar com carinho.lanchar no café e falar do antigamente. ou de qualquer coisa, não importa o quê. ter com quem falar. pintar os lábios rugosos com batom vermelho e as maçãs do rosto envelhecidas com blush. trazer um espelho e um pente na carteira para me arranjar. vestir de forma ousada para a minha idade. um acessório que a minha neta poderia usar. acordar cedo no verão e dormir até tarde no inverno. ter uma gata que se enrosca aos nossos pés junto à lareira, no inverno.  passear na rua de mão dada com o meu amor. namorar sem nada mais importar. adormecer tranquila. ter orgulho numa vida inteira. poder dizer que fui feliz. ser feliz.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

estado de graça

Piquenique Pedro e Lila... uma espécie de casamento...
foi assim no sábado, dia 12 de junho. depois de uma semana de nuvens carregadas e cinzentas, o sol espreitou. estenderam-se as toalhas aos quadrados vermelhos e brancos, almofadas, cestas de fruta por todo o lado, garrafoes-transformados-em-jarras-com-flores-campestres-da-época, e começou a festa. foi uma espécie de casamento... e se a cerimónia não estava prevista, logo se improvisou! é assim com este grupo de amigos que não deixa passar a oportunidade para dar asas à imaginação! uma corneta a abrir caminho, uma cruz improvisada, um convidado italiano "directamente do vaticano em representação do Papa", umas alianças feitas coroas de giestas, um jarro de agua para a benção, e uma corda para garantir que ficam unidos para sempre, meia duzia de palavras soltas e estava o casamento feito!! 
casados de fresco, não havia tempo a perder. o Pedro e a Lila tinham tudo planeado: equipas feitas, jogos organizados, apito, cronómetro, quadro de pontuações, e os respectivos materiais. hora de jogos tradicionais! jogo da malha, saltar à corda, partir o púcaro, corrida com colher com ovo na boca, comer a pêra de olhos fechados, comer a bolacha presa por um fio à cintura, braço de ferro, corrida de bicicleta de dois lugares, corrida de sacos, e jogo da corda. dizem que ganharam os L2... toda a gente reclamou o seu primeiro lugar, como numa verdadeira competição! espírito de equipa, grito de guerra, batota e batoteiros, e toda a gente jogou! exaustos, doridos, felizes.
o dia estava a terminar. ao pôr do sol, o brinde aos noivos e bolo para toda a gente!! 
e foi assim esta espécie de casamento... um piquenique de partilhas. fomos testemunhas do amor do Pedro e da Lila, e partilhamos o verdadeiro valor da amizade. obrigada Pedro e Lila!
abençoados por um dia lindo, rodeados de pessoas maravilhosas com quem partilharam momentos importantes das suas vidas. 
Num verdadeiro estado de graça... sejam felizes família linda!!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

inspiração


Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta,
Em que as coisas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio devagar
Porque sequer atribuo eu a Beleza às coisas.

(Alberto Caeiro)

há dias de inspiração.
almocei em casa dos meus avós, neste feriado solarengo tranquilo, como de habitual em tantos outros dias iguais a este. mas hoje, o dia tem um sabor diferente. almoçamos na sala "de cima", num primeiro andar da casa cuja "idade" dos meus avós obrigou a desocupar. nesta sala, onde as memórias de uma infância feliz brotam em cada canto. as mudanças decorativas não apagam a imagem de como era: tudo permanece igual. imagino o tapete aconchegado junto aos sofás onde via a minha avó fazer massagens às costas do meu tio, e onde tantas vezes dormimos nas noites quentes das férias de verão. a mesa de jantar é a mesma onde inventamos lanches com a louça "nova" religiosamente guardada da minha avó. falta o gira-discos que nos punha a saltar em volta da mesa. os candeeiros inexplicavelmente feios onde, numa festa de halloween (no aniversario do meu pai), queimamos as meias vermelhas com que vestimos as lâmpadas para "dar ambiente", permanecem.
ando descalça, na tijoleira fria da casa, como fazia.
no quintal, as batatas, as favas, "o cebolo", as couves, os tomates e as alfaces, pintam o cenário em vários tons de verde. sinto a frescura da terra nos pés.
saudades de dançar em cuecas no meio do campo debaixo do "chafariz" de rega do meu avô. não esqueço esse som e vejo-me com os meus irmãos autenticamente felizes!
suspiro. inspiração.


terça-feira, 1 de junho de 2010

estado alterado de consciência #2



Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero
Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem

é a vida desse meu lugar
é a vida

... é viver sabendo que há gente que vem para ficar, outros que passam, outros que já chegaram e não demos conta, outros que já partiram achando que ainda estão. e a vida é aproveitar o agora. seja tudo passageiro, seja para ficar ou para ir, mas vivê-lo agora. com a intensidade de um momento onde tudo pode partir, mas a memória dessa intensidade vai ficar. já ficou.


sexta-feira, 28 de maio de 2010

estado alterado de consciência

 (http://www.everydaypeoplecartoons.com/cartoon.php?search=procrastination)

sexta-feira é dia de bodybalance. e por mais cansada, sonolenta, preguiçosa, ou activamente trabalhadora, esta aula começa a ser a minha hora mais preciosa da semana. já fiz pilates, yoga, e fui gostando e desgostando, conforme os professores que apanhava, a hora da aula, as condições do ginásio, ou simplesmente o meu estado de espírito... ou os preconceitos não assumidos em relação à própria actividade. este não é mau, e seja por que razão for, saio de lá nas nuvens!!
hoje tive uma espécie de estado alterado de consciência no final da aula. é um bocado estranho dizer uma coisa destas, mas não encontro outras palavras que descrevam o que senti. a verdade é que também ia cheia de energia acumulada, mas relaxei de tal forma que senti como se saísse fora de mim de repente. a sensação foi muito estranha mesmo... e imaginei logo um cartoon da Mafaldinha a levitar ou coisa assim...
há muito tempo que não sentia isto, e também nao sei explicar muito bem o que é de facto, mas dei comigo a pensar se seria capaz de acreditar nestas coisas dos "estados alterados de consciencia". e acho que quase acreditaria... de longe, muito de longe... se calhar nao é bem um acreditar, é mais um compreender...
de qualquer modo, gosto muito desta sensação tão rara de profundo relaxamento e total alienação de mim mesma. mas também me basta que aconteça uma ou outra rara vez.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

this is... life

apercebo-me que aquilo que mais mexe comigo, os momentos mais intensos, aquilo que sei que se vai tornar inesquecível, não pelas palavras, nem pelas imagens, nem pelas coisas, mas pelas emoções que causaram, e pelas pessoas com quem partilhei esses momentos, são também os mais difíceis de narrar, de falar sobre, de encontrar palavras que expressem tudo. E muitas vezes desisto e guardo egoístamente toda essa experiência só para mim. Revejo fotografias, quando há, sabendo que as imagens não contam tudo, nem captaram a essência do momento, relembro o momento dias sem conta com medo de o esquecer, mas não consigo falar muito, contar como foi, recordar por palavras. Basta-me a intensidade com que vivi. Basta-me recordar essa intensidade e quase a sentir de novo. Basta-me e desgasta-me, dá-me vida ao mesmo tempo que me esgota. Posso esquecer tudo, os espaços, as imagens, as coisas, o dia em que aconteceu, como aconteceu. Mas jamais esquecerei a intensidade com que vivi o momento. Preciso de digerir, de me recompor, de dar sentido, de deixar as emoções soltas se arrumarem. Mas esta intensidade... ai, como eu adoro esta intensidade!! Faz-me renascer, dá sentido à minha existência, faz-me sentir viva, muito viva, e feliz. Gosto. Gosto muito. Gosto de viver assim: dar espaço à intensidade das emoções e viver verdadeiros momentos de felicidade.