terça-feira, 17 de maio de 2011

Lembrete

Sempre gostei de post-it's. De todas as cores, feitios e tamanhos. Adoro o conceito. Lembro-me de no 12.º ano... ou no 1.º ano da universidade (já nao sei ao certo), um professor perguntou com cara de "obviamente que não" se alguém tinha um post-it. Eu tinha e ele agradeceu com cara de "quem-é-que-anda-com-um-post-it-na-mala"? Eu ando. Quase sempre. 
Não sou muito organizada, confesso, e os post-it's repetidos e colados por todo o lado são preciosos auxiliares. Repito-me e eles multiplicam-se, colorindo os cadernos, as mesas, a carteira, e alguns bolsos de calças e casacos.
O Things we forget  pega no conceito dos post-it's e lembra-nos que há coisas que não devemos esquecer. E que devemos lembrar. Gosto muito. Ao longo do meu doutoramento, receber um post-it destes no facebook funcionava como um estímulo adicional. Parece blá blá, e pode ser, mas acho piada.
Há muito tempo que deixei de procurar post-it's reconfortantes, motivadores, desafiantes. Hoje, quando admiti sentir-me "discouraged" numa série de candidaturas que estão aí à porta, vi este:
Ok... vamos lá então. E é este o efeito post-it: "Ei, que estás a fazer? Toca a mexer!"
Depois de tanta mudança, é cada vez mais assustador sentir que ainda há muita mudança que parece estar para vir. Mas acho que ainda pior é recear que essa mudança toda não chegue. No meio deste caos de emoções, às vezes quase me deixo assolar por uma tentação de me acomodar, de deixar estar, de não me esforçar mais, e (vou dizer baixinho) d-e-s-i-s-t-i-r.  
Mas é isso: vou lamentar se não tentar até ao fim. Antes de receber um N-A-O, é preciso fazer tudo para sequer ter direito a resposta. Pior que lamentar não conseguir, é lamentar não ter ido até ao fim. E eu odeio a sensação de não ter tentado tudo. 
Vamos lá! Mais uma vez, venha daí essa mudança toda que está para vir... e que pode até não chegar. 
I'm scared but what the hell!

domingo, 1 de maio de 2011

venha daí!

Ora bem... muito tempo passou.
Sobretudo, muita coisa aconteceu no tempo que passou. "Venha daí esse 2011!", foi o meu desejo nas 12 badaladas no início do ano. "Venha daí... "
e 2011 chegou, cheio de bagunça, de mudanças, e ainda sem qualquer sinal à vista de qualquer tipo de "tranquilidade". Foi o caos de fazer 30 anos, acabar o doutoramento, defender a tese e iniciar uma nova fase na vida. Projectos, ideias, projectos, projectos... sem "medo" de arriscar e lançar o barro ao ar a ver se cola algures. Ir trabalhar para a Madeira e começar a encarar as viagens de avião como "vou ali apanhar o comboio". Encontrar um "outro mundo", uma realidade nova, e adaptar-me. Encontrar uma casa, mudar de casa, deixar uma casa, não voltar a casa. Com olhos postos no outro lado do mundo e a constante certeza da incerteza. Mais certezas. Maior a certeza da incerteza. E as coisas vão acontecendo, assim... vêm daqui, dali, daí...
Respira, respira... controla, descontrola, controla... aguenta, firme, olhos postos no horizonte. O Horizonte... a linha que se confunde entre o céu e o mar. Sem limites. O mundo é um bocadinho da minha casa.
Venha daí...!