Sempre gostei de post-it's. De todas as cores, feitios e tamanhos. Adoro o conceito. Lembro-me de no 12.º ano... ou no 1.º ano da universidade (já nao sei ao certo), um professor perguntou com cara de "obviamente que não" se alguém tinha um post-it. Eu tinha e ele agradeceu com cara de "quem-é-que-anda-com-um-post-it-na-mala"? Eu ando. Quase sempre.
Não sou muito organizada, confesso, e os post-it's repetidos e colados por todo o lado são preciosos auxiliares. Repito-me e eles multiplicam-se, colorindo os cadernos, as mesas, a carteira, e alguns bolsos de calças e casacos.
O Things we forget pega no conceito dos post-it's e lembra-nos que há coisas que não devemos esquecer. E que devemos lembrar. Gosto muito. Ao longo do meu doutoramento, receber um post-it destes no facebook funcionava como um estímulo adicional. Parece blá blá, e pode ser, mas acho piada.
Há muito tempo que deixei de procurar post-it's reconfortantes, motivadores, desafiantes. Hoje, quando admiti sentir-me "discouraged" numa série de candidaturas que estão aí à porta, vi este:
Ok... vamos lá então. E é este o efeito post-it: "Ei, que estás a fazer? Toca a mexer!"
Depois de tanta mudança, é cada vez mais assustador sentir que ainda há muita mudança que parece estar para vir. Mas acho que ainda pior é recear que essa mudança toda não chegue. No meio deste caos de emoções, às vezes quase me deixo assolar por uma tentação de me acomodar, de deixar estar, de não me esforçar mais, e (vou dizer baixinho) d-e-s-i-s-t-i-r.
Mas é isso: vou lamentar se não tentar até ao fim. Antes de receber um N-A-O, é preciso fazer tudo para sequer ter direito a resposta. Pior que lamentar não conseguir, é lamentar não ter ido até ao fim. E eu odeio a sensação de não ter tentado tudo.
Vamos lá! Mais uma vez, venha daí essa mudança toda que está para vir... e que pode até não chegar.
I'm scared but what the hell!
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