terça-feira, 13 de dezembro de 2011

ou isto ou aquilo

Sei perfeitamente o que quero para presente de natal. 
ou para desejos de ano novo a pedir nas 12 badaladas. 
pela primeira vez na minha vida sei o que quero. 
todo o meu percurso foi feito na base da escolha por exclusão "daquilo que eu sabia não querer", mas nunca sabendo bem o que queria, afinal...
hoje sei o que quero. 
e sinto que "quem fica no chão não sobe nos ares"
só que...
"ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva."


domingo, 4 de dezembro de 2011

"dos santos ao natal é inverno natural"

ainda não é inverno, mas quase. a época do frio, dos agasalhos, das botas quentinhas, das lareiras, do guarda-chuva, do sol tímido quando espreita, das noites de sofá-filme-mantinha, instala-se em todo o lado. na ilha não. bem, no topo da ilha, no pico do areeiro ou no paúl da serra, já se pode sentir um arrepio mais forte. 
pronto, já apetece por um lencinho fino ao pescoço à noite, e um casaco além da blusa ou do casaquinho de algodão. uuuhhhh!!
aqui o outono parece ainda estar a chegar. a folhagem está linda e os dias de sol são mágicos. não me faz sentido fazer decorações de natal, apesar de gostar tanto! está calor ainda, está sol, apetece andar na rua. é o inverno natural de cá!
as visitas que vou receber marcam esta época de natal e encurtam o tempo até chegar a casa. e aí sim, vai cheirar a inverno e a natal!
E aqui ficam algumas fotos deste início de Dezembro...

na ponta de S.Lourenço, ao entardecer...


no mercado dos Lavradores 


na zona velha do Funchal

com bom tempo 

ou com algum vento...

a paisagem não engana e a melhor coisa da madeira, como diz uma amiga de 8 anos, são os arco-íris!




quarta-feira, 30 de novembro de 2011

loooooongo...

... foi o mês de novembro! muita coisa, nada de novo. 
as ideias moderaram em detrimento da necessidade de dormir. o ânimo também. 
Fazer a levada do caldeirão verde foi a bafurada de ar fresco deste mês longo. 
Coisas "esperadas": o mês acabar, amanhã é finalmente aprovado o orçamento de estado que nos vai arruinar a todos excepto aos do costume mas que seja de uma vez para deprimirmos com os factos e não com as expectativas dos factos e haver respostas. Coisas melhores: receber visitas!!!! Passear, pôr as lentes positivas sobre a ilha, ter companhia, passear, e, quiçá, mais uma levada para revigorar o ar nos pulmões!
Esta foi bem bonita e soube bem!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Actividade física

Ando com muitas ideias.
E insónias.
Porque passo o dia com sono a fazer coisas que tenho de fazer mas quando me deito é quando penso naquilo que eu gostaria mesmo de fazer. E leio, pesquiso, experimento, tomo notas, entretanto são horas de estar a dormir há imenso tempo atrás, apago a luz e...
as ideias cá ficam a fervilhar, a provocar-me borboletas no estômago, a fazer as horas passar às escuras...
acordo cansada e com sono, claro. e os dias repetem-se.
os meus níveis de actividade cerebral estão elevados. preciso de equilibrar.
preciso de actividade física!
(agora, hora de dormir...!)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Não me consumas!

Está tudo do avesso. De uma forma geral.
Concretizando.
Está um Outubro maravilhoso de calor mas os dias são mais curtos, já se trabalha, e esta vontade de ir à praia todos os dias ao final do dia quase parece "pecado" ou, no mínimo, despropositada. Não percebo porquê... mas a verdade é que não é fácil desafiar alguém para tal.
O tempo (metereológico) aqui na ilha é bastante bom, e tenho muitas vezes esta vontade de ir à praia, a uma esplanada, aproveitar o final do dia quente e relaxado com um fino e tremoços. Não acontece. Esta minha tendência de querer aproveitar a vida é pouco partilhada por estas bandas.
Além deste tempo, já percebi que tenho um tempo limite para estar cá. 1 mês. E já começo a ficar ansiosa, irritada, e desejosa de ir a casa. Está quase. Entretanto, de modo a regular as minhas alterações emocionais, inscrevi-me no ginásio. Assim concentro-me mais nas dores musculares do que noutras maleitas.
Fora a questão do tempo, vive-se a sensação global de ser uma questão de tempo até tudo piorar: o desemprego, o custo de vida, as dificuldades e mais não sabemos bem o quê.
O Jardim voltou a ganhar o poder da ilha, tal como esperado. É uma questão de mentalidade e de "cultura interna".
Estas coisas e outras têm-me consumido e eu estou um bocado farta.
Fala-se muito e pouco acontece. Está tudo numa situação de limbo entre parecer estar no precipício, e o olhar de novo, e afinal é só um degrau (esperemos...). Bahhh...
Como disse o Mia Couto:
"O sentimento que se criou é o seguinte: a realidade é perigosa, a natureza é traiçoeira e a humanidade imprevisível. Vivemos como cidadãos e como espécie em permanente situação de emergência. [...] Há quem tenha medo que o medo acabe."


sexta-feira, 8 de julho de 2011

se não vais a Braga, Braga vem até ti!

e eu vou ter imensas visitas de Braga cá na próxima semana!! Que bom!!

sábado, 2 de julho de 2011

primeiras visitas na ilha

1 mês inteiro na ilha e mais 20 (pelo menos) pela frente antes de voltar a casa. O tempo até passa rápido mas a vontade de estar no continente aumenta a cada dia que passa. Aliás, o tempo até tem voado, confesso, e sem ter dado conta está o semestre a acabar. Ajuda sobretudo estar entupida em trabalho (hoje estou em dia de procrastinação...), ter bons amigos cá e receber visitas! E as primeiras visitas foram os meus pais, que vieram confirmar onde é que a filha se instalou e afinal que terra é esta a que chamam "pérola do Atlântico". E soube muito bem.
Cá estão eles a descer do avião e eu na varanda do aeroporto a tirar a foto da praxe feita emigrante.

Primeira paragem: Machico, onde a areia da praia vem de Marrocos, para um petisco típico: Lapas & Coral 

Próximo destino: Ponta de S. Lourenço, um dos meus spots preferidos.

Na Eira do Serrado não havia vista para o Curral das Freiras por causa do nevoeiro, então, como tinha de ser, fizemos uma paragem "em casa".

Depois uma volta para atravessar a ilha, paragem em S. Vicente, visita ao Véu da Noiva, uma cascata bem bonita, e, no final, Porto Moniz, onde há umas lindas piscinas naturais, que os meus pais acharam muito bonito (e é)! Chuviscou mas ainda arriscamos subir até ao Paúl da Serra.
Lá subimos ao Paúl entre um nevoeiro cerrado, onde as vacas passeavam pela estrada. O entusiasmo dos meus pais quase lhes custou uma cornada de um boi que não achou piada a tanta foto ao seu vitelo. E depois de atravessar a bruma, deparámo-nos com um cenário lindo, cheio de sol, com as "vacas nas nuvens".
Lá descemos a serra e parámos para a famosa Poncha da Serra D'Agua
Ainda demos um saltinho à Casa das Mudas e finalmente terminamos o dia com uma espetada em pau de loureiro e mais uma poncha em Câmara de Lobos com a Helena e o Rui. Dia seguinte foi para ir ao Monte e ao Jardim Botânico onde finalmente a minha mãe pode ver algumas flores endémicas embora "isto já há lá tudo". O meu jardim preferido foi o dos cactos.
E antes do regresso, uma paragem no Caniçal para uns maravilhosos petiscos no Muralhas, onde encontramos a Ana e umas amigas. Estava um dia lindo, havia gente na praia de calhau e um mar como nunca tinha visto. E pronto, foi rápido mas já deu para matar saudades de casa!



Crocodilos

Porque no dia em que sonhei com crocodilos descobri este video.
:)

Anda comigo ver os aviões



... há coisas que me são inexplicavelmente maravilhosas e é indescritível o quanto eu adoro sobrevoar o porto de Leixões à noite, imaginar as vidas dentro das janelas iluminadas, os pequenos pontos brilhantes na imensidão tranquila da noite, rasgar as nuvens e aterrar em casa...

a rua é de todos

E este é o estado do nosso Estado...

domingo, 5 de junho de 2011

Em forma de rosa

Hoje é um daqueles sábados com cheiro a sábado. Fui para a Universidade de manhã e cheguei a casa ansiosa por ter tudo a que um sábado tem direito: comer, dormir e vegetar! Depois de uma semana super intensa, precisava mesmo de descansar! Almocei cedo e adormeci logo depois, com um daqueles programas na TV de início da tarde que não faço ideia qual foi. Acordei com vontade de fazer bolinhos. Fui às compras, ansiosa por voltar a casa para me arrastar entre a cozinha e o sofá. Cheguei tarde, esfomeada e sem paciência para os bolinhos.
Mas, quando se trata de cozinhar, não descanso enquanto não concretizar os meus desejos. Aquilo que me apetecia mesmo fazer era brownie de chocolate, mas tenho abusado no chocolate... então decidi virar-me para a fruta. Muffins para o pequeno almoço de domingo. Maça? Morangos? Banana?
Adoro cozinhar, e sobretudo adoro ter todos os utensílios necessários. O que não acontece aqui no Funchal. Hoje comprei umas formas de silicone para queques (mais umas...). Decidi que para comprar formas aqui no Funchal, há-de ser sempre em silicone para depois não pesarem na mala de regresso. Essa é a lógica: ou remedeio e improviso, ou compro utensilios que sejam ou leves ou descartáveis. Sempre a pensar que um dia (em breve) hei-de sair do Funchal e já tenho uma casa para levar às costas... Bem, tem sido uma aventura na cozinha: bater tudo à mão e esperar que a massa saia fofa, improvisar formas e recipientes, explorar todas as potencialidades do microondas.
Só me falta mesmo a vizinhança para dividir os doces e para provarem novas experiencias culinárias. Sinto falta. Cozinhar para mim sempre teve um efeito "terapêutico": uma espécie de regulador emocional. Quando estou tensa, irritada, alegre, preocupada, activa cognitivamente, ou relaxada. Gosto de cozinhar sozinha mas gosto sobretudo de partilhar a minha comida com os outros. Estes queques vão ser para o pequeno-almoço (mas antes, a prova com o chá antes de ir dormir) e para esperar a Helena e o Rui ao aeroporto.
Não estão lindos? Bolinhos de iogurte e morango em forma de rosa.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Lembrete

Sempre gostei de post-it's. De todas as cores, feitios e tamanhos. Adoro o conceito. Lembro-me de no 12.º ano... ou no 1.º ano da universidade (já nao sei ao certo), um professor perguntou com cara de "obviamente que não" se alguém tinha um post-it. Eu tinha e ele agradeceu com cara de "quem-é-que-anda-com-um-post-it-na-mala"? Eu ando. Quase sempre. 
Não sou muito organizada, confesso, e os post-it's repetidos e colados por todo o lado são preciosos auxiliares. Repito-me e eles multiplicam-se, colorindo os cadernos, as mesas, a carteira, e alguns bolsos de calças e casacos.
O Things we forget  pega no conceito dos post-it's e lembra-nos que há coisas que não devemos esquecer. E que devemos lembrar. Gosto muito. Ao longo do meu doutoramento, receber um post-it destes no facebook funcionava como um estímulo adicional. Parece blá blá, e pode ser, mas acho piada.
Há muito tempo que deixei de procurar post-it's reconfortantes, motivadores, desafiantes. Hoje, quando admiti sentir-me "discouraged" numa série de candidaturas que estão aí à porta, vi este:
Ok... vamos lá então. E é este o efeito post-it: "Ei, que estás a fazer? Toca a mexer!"
Depois de tanta mudança, é cada vez mais assustador sentir que ainda há muita mudança que parece estar para vir. Mas acho que ainda pior é recear que essa mudança toda não chegue. No meio deste caos de emoções, às vezes quase me deixo assolar por uma tentação de me acomodar, de deixar estar, de não me esforçar mais, e (vou dizer baixinho) d-e-s-i-s-t-i-r.  
Mas é isso: vou lamentar se não tentar até ao fim. Antes de receber um N-A-O, é preciso fazer tudo para sequer ter direito a resposta. Pior que lamentar não conseguir, é lamentar não ter ido até ao fim. E eu odeio a sensação de não ter tentado tudo. 
Vamos lá! Mais uma vez, venha daí essa mudança toda que está para vir... e que pode até não chegar. 
I'm scared but what the hell!

domingo, 1 de maio de 2011

venha daí!

Ora bem... muito tempo passou.
Sobretudo, muita coisa aconteceu no tempo que passou. "Venha daí esse 2011!", foi o meu desejo nas 12 badaladas no início do ano. "Venha daí... "
e 2011 chegou, cheio de bagunça, de mudanças, e ainda sem qualquer sinal à vista de qualquer tipo de "tranquilidade". Foi o caos de fazer 30 anos, acabar o doutoramento, defender a tese e iniciar uma nova fase na vida. Projectos, ideias, projectos, projectos... sem "medo" de arriscar e lançar o barro ao ar a ver se cola algures. Ir trabalhar para a Madeira e começar a encarar as viagens de avião como "vou ali apanhar o comboio". Encontrar um "outro mundo", uma realidade nova, e adaptar-me. Encontrar uma casa, mudar de casa, deixar uma casa, não voltar a casa. Com olhos postos no outro lado do mundo e a constante certeza da incerteza. Mais certezas. Maior a certeza da incerteza. E as coisas vão acontecendo, assim... vêm daqui, dali, daí...
Respira, respira... controla, descontrola, controla... aguenta, firme, olhos postos no horizonte. O Horizonte... a linha que se confunde entre o céu e o mar. Sem limites. O mundo é um bocadinho da minha casa.
Venha daí...!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

prazo de validade

estou prestes a fazer 30 anos.
sempre adorei festejar o meu aniversário, sempre disse que a idade não me assusta e, acima de tudo, há muito tempo que ansiava fazer 30 anos. por um detalhe familiar, mas sobretudo porque há muito que acho que essa é a verdadeira idade da autonomia, da independência, de se assumir a identidade própria, de tomar rédeas da própria vida. parecia-me... aliciante!
mas, de repente, dou por mim a lembrar-me da minha mãe fazer 30 anos e já ter 4 filhos na escola, e eu vejo-me a começar tudo de novo. e sinto isso: está nas minhas mãos, apenas nas minhas mãos, tomar as rédeas da minha vida. é agora. não há "no futuro". é agora. se é para voar, é tratar do salto, se é para aterrar, é preparar o terreno. é agora.
se tudo isto me parecia aliciante, agora é um desafio... com a percepção do risco, algum receio do desconhecido e a adrenalina à mistura. e desta vez não tenho a mesma vontade para festejar. mas também me parece que só há razões para celebrar.
não me enganei na ideia que tinha dos 30 anos. só que a ideia de ser autónoma, independente e assumir quem sou eu, quando passa a ser vivido tem outro sabor. só isso. o meu percurso foi isto. preparar-me para chegar aqui e continuar a fazer caminho.
acho que está na hora de renovar o prazo de validade.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

hum...

... eu até gostava de escrever qualquer coisa gira. assim, daqueles votos para 2011, reflexões do ano que passou, uma lista de coisas a fazer este ano, acontecimentos interessantes (ou não), contar as minhas férias pelas europas, as festas, os planos, as mudanças, as circunstâncias, o cenário actual, as eleições, a crise, qualquer coisa para "actualizar" mas...
para variar,  fico pelo variações.