terça-feira, 25 de outubro de 2011

Actividade física

Ando com muitas ideias.
E insónias.
Porque passo o dia com sono a fazer coisas que tenho de fazer mas quando me deito é quando penso naquilo que eu gostaria mesmo de fazer. E leio, pesquiso, experimento, tomo notas, entretanto são horas de estar a dormir há imenso tempo atrás, apago a luz e...
as ideias cá ficam a fervilhar, a provocar-me borboletas no estômago, a fazer as horas passar às escuras...
acordo cansada e com sono, claro. e os dias repetem-se.
os meus níveis de actividade cerebral estão elevados. preciso de equilibrar.
preciso de actividade física!
(agora, hora de dormir...!)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Não me consumas!

Está tudo do avesso. De uma forma geral.
Concretizando.
Está um Outubro maravilhoso de calor mas os dias são mais curtos, já se trabalha, e esta vontade de ir à praia todos os dias ao final do dia quase parece "pecado" ou, no mínimo, despropositada. Não percebo porquê... mas a verdade é que não é fácil desafiar alguém para tal.
O tempo (metereológico) aqui na ilha é bastante bom, e tenho muitas vezes esta vontade de ir à praia, a uma esplanada, aproveitar o final do dia quente e relaxado com um fino e tremoços. Não acontece. Esta minha tendência de querer aproveitar a vida é pouco partilhada por estas bandas.
Além deste tempo, já percebi que tenho um tempo limite para estar cá. 1 mês. E já começo a ficar ansiosa, irritada, e desejosa de ir a casa. Está quase. Entretanto, de modo a regular as minhas alterações emocionais, inscrevi-me no ginásio. Assim concentro-me mais nas dores musculares do que noutras maleitas.
Fora a questão do tempo, vive-se a sensação global de ser uma questão de tempo até tudo piorar: o desemprego, o custo de vida, as dificuldades e mais não sabemos bem o quê.
O Jardim voltou a ganhar o poder da ilha, tal como esperado. É uma questão de mentalidade e de "cultura interna".
Estas coisas e outras têm-me consumido e eu estou um bocado farta.
Fala-se muito e pouco acontece. Está tudo numa situação de limbo entre parecer estar no precipício, e o olhar de novo, e afinal é só um degrau (esperemos...). Bahhh...
Como disse o Mia Couto:
"O sentimento que se criou é o seguinte: a realidade é perigosa, a natureza é traiçoeira e a humanidade imprevisível. Vivemos como cidadãos e como espécie em permanente situação de emergência. [...] Há quem tenha medo que o medo acabe."